Sobre uma blogueira feliz!


Já estava ensaiando um post como esse que estou fazendo agora, que tem como única finalidade dividir com vocês as alegrias que o blog ta me dando.

Coincidentemente, os últimos dias me trouxeram duas lindas surpresas. A primeira delas foi um convite super especial pra um bate papo sobre moda num evento que acontecerá no Shopping Praça Nova na semana que vem. Fiquei surpresa e muito feliz...

Logo depois, recebi uma notificação no Instagram. Era a marcação da minha foto em uma publicação da Revista Glamour. Vi que tinha sido selecionada, junto com mais nove meninas e seus looks pra votação do melhor look. O prêmio pra mais votada é estampar uma paginazinha da Glamour na sua edição de maio.

Fiquei eufórica gente, juro. Pode parecer tão pouco pra algumas pessoas mas pra mim tudo é tão significativo. 

Isso sem contar o reconhecimento de vocês. As mensagens que eu recebo, os pedidos de post, os elogios, os toques, tudo tem um valor muito grande pra mim.

Vale transformar o post num divã e contar a história da vida pra vocês? hahahaha. Pois bem. Já falei aqui que só descobri meu amor por moda há três aninhos né? Hoje eu sei que é um amor antigo, mas a minha forma de enxergar a vida e a mim mesma jamais iria permitir a vivência desse amor. Foi necessário uma mudança estrutural em mim... Queria muito ter notado a necessidade dessa mudança sem sofrimento mas com 16 anos uma síndrome do pânico me pegou de jeito e eu fui "forçada" a procurar ajuda. Agradeço a Deus todos os dias pela família incrível que ele me deu de presente, que não hesitou nem por um minuto em procurar o tratamento adequado pra mim. Fiz dois anos de terapia com psicóloga e nesse tempo não precisei tomar remédios porque apresentei uma melhora significativa já depois de duas consultas com ela. Foi um trabalho árduo, porque é muito difícil modificar atitudes e pensamentos antigos e persistentes, mas com a ajuda dela consegui descobrir tudo o que me fazia adoecer. Tudo girava em torno da bendita auto estima, mais precisamente da falta dela... Dela vinham as cobranças exageradas, auto-crítica severa (ela sempre me dizia que meu juiz interno era tirano rsrsrsrs), o medo de falhar, a dificuldade de dizer não pras pessoas, etc. Em resumo, a visão que eu tinha de mim não me permitia ser quem eu deveria ser. Eu não tinha autenticidade nenhuma... Eu era o que os outros esperavam que eu fosse, e não o que eu queria ser. Na verdade minha cabeça era tão turbulenta que nem eu conseguia saber o que queria.

A época do vestibular se aproximava e como era esperado, e não sabia o que cursar. Não tinha a menor ideia de que profissão queria seguir. Sempre fui muito estudiosa... Acho que mais do que por mim, queria retribuir todo o esforço que meus pais faziam pra me manter em boas escolas. Eles nunca pensaram neles. Nunca vi egoísmo em casa... Tudo era voltado pra minha formação e pra formação do meu irmão, então eu tinha que retribuir de alguma forma toda essa dedicação e amor, e fazia isso nos estudos.

Sabendo da minha dedicação, meus pais sempre tentaram plantar a sementinha de concurso público na minha cabeça. Aquele sonho de bons salários, estabilidade... Com base nesse ideal, fui fazer Direito.

Gostei muito da faculdade, me dediquei como sempre, passei na OAB antes mesmo de terminar o último ano... Me formei e aí a coisa complicou rsrsrs. Eu já havia tratado na terapia meus maiores problemas. A auto estima já estava equilibrada, mas ainda era muito difícil controlar as altas expectativas.

Logo nos primeiros meses percebi que o mercado de trabalho na área não era dos mais bacaninhas. Entreguei currículos e esperei em vão por algum contato. Depois de três meses consegui meu emprego (em nenhum dos escritórios nos quais deixei currículo rsrsrs. Não me ligaram até hoje hahahaha) no qual me mantenho até hoje. Tenho patrões sensacionais (beijo Cláudia, você é uma patroa-leitora-amiga-anjo!), um ambiente de trabalho tranquilo, colegas muito bacanas, mas isso não foi suficiente pra que eu entrasse em crise novamente. Quando a gente não se resolve como pessoa, a gente não pode esperar que o ambiente e as circunstâncias se encarreguem de tudo. Comecei a ficar triste, repensei mil e uma vezes as "escolhas" que havia feito... Chorava muito, quase todos os dias... Nessa época já casada, meu marido não sabia nem mais o que me dizer quando eu começava com as mesmas lamúrias de sempre... Eu não poderia desistir de tudo, afinal eu sabia que o problema não estava no trabalho em si, mas no que eu estava fazendo com a frustração que eu estava sentindo.

Decidi que precisava de um hobby pra tirar o foco disso tudo. Mas que hobby?? Nunca fui da turma dos esportes, não tenho o menor dom culinário... Artesanato então, nem pensar rsrsrs. Cogitei criar um blog já que gosto muito de escrever, e nessa época, com base nas publicações que eu fazia nas minhas redes sociais (dos achadinhos que vocês tanto gostam) eu percebia o interesse de algumas amigas. Sempre ouvia "nossa como você encontra essas coisas nesse tipo de loja?". Pra mim era tão normal fazer os tais achadinhos que eu nem interpretava como dom. Hoje eu vejo que não deixa de ser já que as pessoas ainda tem muita dificuldade...

A essa altura já tinha vontade de blogar, mas não tinha coragem. Tinha medo de parecer fútil, tinha medo de estar velha demais pra falar de modinha, enfim, eu tinha muito medo de ser julgada. Fui protelando, deixando sempre pra depois já que o medo era maior que a coragem. Foi mais de um ano de covardia. Sim, covardia, porque eu sabia o que eu queria depois de tanto tempo, mas não tinha coragem de enfrentar os possíveis e prováveis julgamentos das pessoas.

Foi aí que algumas pessoas muito especiais entraram na minha vida... Desy e Mari Migliorucci, duas incentivadoras incansáveis rsrsrsrs. A Mari que é dona do blog Plataforma 36 me convidou pra colaborar com alguns looks que eu montava com peças compradas em fast fashion's e sempre me encorajava a tomar uma atitude. Aproveitei que já tinha conseguido sentir uma certa confiança ao mandar as fotos pra que ela publicasse no blog dela e resolvi começar o meu.

Fiz um layout bem mequetrefe já que não manjo quase nada de computador, e já bolei um primeiro post. Nem me dei muito tempo pra pensar e publiquei. Avisei nas redes sociais, porque aí eu pensaria duas vezes antes de desistir né rsrsrsrs.

Depois de alguns dias como blogueira a Desy me deu um presente lindo: um layout profissa feito pela Michele do My Other Bag is Chanel, outra querida.

Com esse presente ela queria diminuir as chances da medrosa aqui desistir, eu sei.

Lá se foram seis meses de SOS Provador, e seis meses de uma certeza incontestável de que eu fiz POR MIM, o que EU DEVERIA FAZER.

Até no último post comentei com vocês que fazer os posts muda completamente meu astral.

Dia desses li um texto muito bacana, sobre gostar de quem você é quando você faz determinada coisa, e não simplesmente gostar de fazer determinada coisa. Eu cheguei á conclusão de eu gosto muito de mim como blogueira, e aí concluí que eu amo blogar.

Ter a coragem de dar o primeiro passo, e se submeter a todo tipo de crítica e julgamento é o que nos dignifica. Não dá pra se esconder a vida toda atrás de uma muralha de medos...

Ás vezes me perguntam se eu tenho algum ganho com o blog.... Sim. Ganho as melhores coisas: tudo aquilo que o dinheiro não compra. Ganho uma sensação de estar mudando a minha vida e a vida de algumas pessoas também mesmo que de uma forma simples, a satisfação de todos os dias vencer a insegurança e o medo dos julgamentos, ganho amigos novos, ganho papos deliciosos com pessoas que há muito tempo não falava, ganho a certeza de ter pessoas incríveis ao meu lado que torcem por mim e vibram a cada mini conquista. E sem medo de parecer hipócrita, a satisfação pessoal que o blog me deu vale mais que qualquer contrato financeiro. Dinheiro é fundamental, mas não é ele que constrói a felicidade. Ele propicia momentos de alegria e conforto, mas não te traz o sentimento legítimo da felicidade, porque esse meu bem, só depende da gente. 

Hoje o blog dissipa todas as minhas tristezinhas, e em contrapartida, sou uma amiga melhor, uma esposa melhor, uma funcionária melhor, e uma filha melhor já que as reclamações e a carinha aborrecida pela frustração quase não tem mais espaço por aqui. Agora é tempo é de dedicação e planejamento <3

Depois de tanto falar, queria agradecer muito a todas vocês leitoras especiais da minha vida. Vocês são a parte mais importante nesse lance de felicidade que eu to sentindo rsrsrs. OBRIGADA!!!!

Ah gente, antes de terminar, se vocês gostaram do meu look escolhido pela revista votem no site. É só clicar aqui e clicar no meu nominho rsrsrs. Quem for votar pelo celular precisa clicar no final da página na frase "versão clássica" e aí sim a lista com os nomes aparece. A votação rola até segunda. Muito obrigada desde já viu!

Ah e sobre o bate papo no evento, vou fazer o convite formalmente pra vocês aqui no blog e nas redes sociais até o fim da semana. Posso falar: to insegura, to com medo de falar em público, mas to usando como mantra aquele clichezão do facebook:




*-*

Beijos
  

2 comentários

  1. Ounnn... Vou estar sempre aqui te incentivando!
    <3
    Lov u!

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  2. AI QUE COISA LINDA!
    Que bom te ver feliz, realizada e que o blog te traz essa paz tão grande. Dá pra ver em seus posts: quando as coisas são feitas com amor, dão certo!

    Sucesso <3

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